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Banco Central negocia nova maneira de apresentar o ranking dos juros

O Banco Central (BC), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e os principais bancos de varejo estão acertando os detalhes da nova forma de apresentação do ranking de juros que é divulgado diariamente pela autoridade monetária. Na nova tabela, as instituições financeiras deverão ser separadas por grupos conforme o porte do banco, e serão incluídas novas operações, como leasing e cartão de crédito. Fonte diretamente envolvida nas negociações afirma que os estudos estão na fase dos ajustes. As conversas entre as partes começaram há quatro meses, mas há expectativa de que o mal-estar causado pelo aumento dos juros registrado no Banco do Brasil (BB) depois da posse de Aldemir Bendine na presidência da instituição possa acelerar o fechamento dos últimos detalhes.

“O novo ranking deve reduzir, mitigar os problemas gerados pela leitura desses dados”, afirma a fonte. São duas as principais reclamações dos bancos. A primeira diz respeito à comparação de instituições de diferentes tamanhos – um banco grande, de varejo e um banco de nicho, por exemplo. O outro problema é que a divulgação não leva em conta mudanças das características das operações, como o volume dos empréstimos, o risco do tomador final e o prazo. Sem essa distinção, dizem os bancos, o ranking compara, na prática, operações de crédito diferentes.
 
Essa tem sido a principal reclamação dos bancos públicos – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil – que, desde o início da divulgação do ranking, reclamam de que a listagem mistura “laranjas com bananas” e que, nessa comparação, o esforço dos públicos em reduzir os juros e aumentar a oferta de crédito pode distorcer os dados e prejudicar a posição dessas instituições no ranking do BC.
 
Para tentar amenizar essa situação, uma das propostas mais defendidas pelos bancos públicos é serem incluídos no ranking os juros mínimos e máximos de cada instituição, além do juro médio, como é feito atualmente. Na visão dessas instituições, essa informação mostraria que os bancos não têm elevado o juro, mas que a taxa final tem subido no ranking do BC porque há mudança no perfil de risco dos tomadores e alongamento dos prazos, por exemplo.
 
Ontem, a Caixa anunciou que fará novos cortes de juros em suas linhas de crédito. A estratégia do governo é fazer com que os bancos públicos puxem um movimento de queda do spread.
 

Veículo: DCI