Prefeito diz que, apesar do interesse, ainda está estudando outras opções - Abel - Abel

 A informação reforça a intenção do governo do Estado em entrar no mercado da cidade. Como o BOM DIA adiantou no domingo, o governador José Serra (PSDB) estuda parceria com o DAE (Departamento de Água e Esgoto) para construir a estação de tratamento de detritos em Bauru.

 

 “Não tem porque esconder que a gente recebeu visita de técnicos da Sabesp, de cortesia, mostrando os produtos que eles oferecem”, afirma o prefeito.

 

 Rodrigo ressaltou, entretanto, que não pediu qualquer tipo de projeto para a Sabesp. “A gente está se concentrando ainda em outras opções”, observa.

 

O prefeito vai levar à Câmara nas próximas semanas um levantamento feito pelo DAE sobre todas as possibilidades que tem para tratar o esgoto: desde o financiamento com o dinheiro do governo federal, até uma possível privatização do serviço público.

 

Aluguel é uma opção oferecida

O prefeito Rodrigo Agostinho explicou, ao falar da possibilidade de a Sabesp se instalar em Bauru, que a empresa estadual não oferece apenas o serviço como uma terceirizada.

 

De acordo com ele, a Sabesp tem realizado o tratamento de esgoto em cidades via o modelo “locação de ativos”. “É uma espécie de leasing. A empresa constrói uma estação de tratamento de esgoto e a cidade paga uma espécie de aluguel até pagar o valor da obra”, explica Rodrigo.

 

Atualmente, segundo o prefeito, Mogi Mirim e Campos do Jordão já contam com essa modalidade.

 

Vale lembrar que Rodrigo já tem R$ 82 milhões disponíveis para construir a estação de tratamento, obtidos junto ao governo federal. O dinheiro seria obtido via empréstimo, o que desagradou alguns vereadores, que já se manifestaram publicamente contra a assinatura desse possível contrato.

 

Outra possibilidade que o prefeito tem para tratar o esgoto é utilizar o dinheiro do Fundo de Tratamento de Esgoto, que tem uma tarifa cobrada mensalmente nas contas de água e esgoto dos bauruenses. Com essa opção, porém, o tratamento de esgoto demoraria pelo menos dez anos para ser iniciado.