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Retomada da indústria é a aposta do leasing

A redução do ritmo de crescimento, por causa da crise, dos negócios de arrendamento mercantil (leasing), que encerraram o semestre com alta de 29% em relação ao mesmo período de 2008, a um Valor Presente da Carteira (VPC) de R$ 112,9 bilhões, deverá ser revertida no segundo semestre. Para a Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel), o setor de equipamentos para a indústria deverá ser destaque nesse período de retomada econômica.

“O segundo semestre já dá indícios de retomada econômica e de crescimento do nível de emprego. Em um cenário como esse, equipamentos industriais sempre mostram crescimento”, garante o presidente da associação, Osmar Roncolato Pinho.
 
Segundo ele, as operações de leasing sofreram uma retração importante, “como no mundo todo”, uma vez que no ano passado a expansão das operações chegou a 70%, em relação a 2007, recorde histórico. “Ainda é um crescimento bom, superior ao que teve o crédito. Verifica-se que ainda foi um crescimento importante.” Segundo dados do Banco Central, o saldo total das operações de crédito teve, no período uma expansão de 19,7%, a um saldo de R$ 1,278 trilhão.
 
Apesar de mostrar um crescimento superior ao do crédito até o momento, as operações de arrendamento mercantil estão perdendo espaço, e ambas devem chegar ao final do ano com o mesmo índice de alta. Em relação a maio, o estoque em carteira foi 0,55% maior, enquanto o crédito chegou a 1,3 %. Roncolato crê que a modalidade deva ter uma expansão de 15% em relação a 2008, mesmo número projetado por analistas para os empréstimos. “Este ano deve mostrar um crescimento tímido, porém em 2010 será a todo vapor”, projeta.
 
Ainda segundo Roncolato, o segmento de veículos foi o mais importante para esse crescimento, principalmente por representar 87% do VPC. “No segundo semestre, pela grande representatividade, ainda deve puxar o crescimento, porém o setor industrial deverá se destacar”, acredita.
 
Máquinas e equipamentos representam 8,47% do total, enquanto equipamentos de informática responderam por 2,44%. Outros tipos de bens representaram 1,61% do total.
 
Do total da carteira, 65,23% do leasing foi tomado por pessoas físicas, seguido por serviços, com 15,46%. Indústria, comércio estatais e outros representam o restante das operações de leasing.
 
Além disso, os denominadores prefixados mantiveram em junho a preferência absoluta do mercado de arrendamento mercantil (94,99% dos novos negócios). Certificado de Depósito Interbancário respondeu por 3,66% e TJLP, por 1,35%.
 
Veículos
 
Segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), a expansão dos financiamentos a veículos no primeiro semestre, foi puxado pelo leasing, com crescimento de 43,1%, de R$ 45,5 bilhões em junho de 2008 para R$ 65,1 bilhões em junho deste ano. Já o saldo de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) teve uma retração de 0,6%, saindo de R$ 83,9 bilhões para R$ 83,4 bilhões, ante o ano passado.
 
Assim, a associação registra um crescimento total de 14,7% no semestre, com um estoque de R$ 148,5 bilhões.
 
O banco Mercedes-Benz, no entanto, registrou uma queda em suas operações de arrendamento mercantil no período, de 18%, de R$ 340,3 milhões na primeira metade de 2008 para R$ 277,5 milhões em 2009. Em novos negócios, a expansão foi de 26%, chegando a R$ 1,4 bilhão em financiamentos entre janeiro e junho, contra R$ 1,1 bilhão até junho de do ano passado.
 
O crescimento total da instituição foi de 30%, a saldo de R$ 5,2 bilhões. O destaque foi o crédito via Finame, linha especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social responsável por 75% dos financiamentos, com R$ 1,1 bilhão, alta de 45% ante 2008. No CDC, o banco registrou alta de 35%, de R$ 57,7 milhões no primeiro semestre de 2008 para R$ 78,2 milhões 2009.
 
A Anef aponta ainda para uma tendência de queda de juros e aumento de prazos no segundo semestre. Segundo a associação, nos primeiros seis meses do ano a taxa média chegou a 1,49% ao mês, contra uma média de 1,65% em 2008, e os prazos máximos passaram de 72 meses para 80.
 
A carteira acumulada pelas empresas de leasing teve alta de 29% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2008, com saldo acumulado de R$ 112,9 bilhões.

Veículo: DCI